Durante décadas psicanalistas reproduziram uma postura preconceituosa face à educação. A concepção de que o projeto civilizador se sustenta sobre a repressão e sobre o imperativo para que o sujeito sublima suas pulsões, implicava que toda educação seria repressora e contrária à ética da psicanálise. No entanto, a “hipótese repressiva”, como a nomeou Foucault, deu lugar à compreensão de que o desejo e a sexualidade não são “naturais”, mas o produto de configurações históricas e transformadas criativas frente ao instituído. Sándor Ferenczi e Donald Winnicott mostraram que uma educação psicanaliticamente orientada seria capaz de fornecer ao sujeito e à comunidade ferramentas para a emancipação da moralidade vigente. O livro que Alexandre Patricio de Almeida nos apresenta é fruto de extensa pesquisa acadêmica e de ampla experiência em educacional. Suas reflexões nos mostram a evidência de que pensar o sujeito dissociado do campo educativo seria regredir à uma psicanálise naturalista, ingênua e, portanto, estéril; assim como pensar a tarefa educacional desconsiderando a pulsão e o desejo implicaria tolher a capacidade criadora das nossas crianças e adolescentes. Daniel Kupermann Psicanalista e professor livre docente do Instituto de Psicologia da USP
Peso: | 0,39 kg |
Número de páginas: | 312 |
Ano de edição: | 2023 |
ISBN 10: | 6555068159 |
ISBN 13: | 9786555068153 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Psicanálise |
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