Cazuza morreu em julho de 1990. Três meses depois, amigos montaram um tributo no Rio chamado Viva Cazuza – faça parte desse show, cuja renda seria doada ao Hospital Universitário Graffé e Guinle, referência em Aids naquela época. Quando Lucinha Araújo foi entregar o cheque, percebeu que sua atuação contra a doença não havia se encerrado com a morte do filho – ela que queria apenas “lamber as feridas” depois de passar pelo ritual simbólico. Em O tempo não para – Viva Cazuza, livro que a editora Globo Livros lança em maio, Lucinha conta como tomou a frente da ONG que dá suporte a crianças e adolescentes portadores do HIV e qual era seu sentimento logo que a doença se tornou epidemia. “Eu me sentia como se estivesse participando de uma cruzada. Eram reuniões, manifestações na porta de hospitais públicos que recusavam pacientes HIV positivo, entrevistas, denúncias, passeatas exigindo verbas do governo...”. Lucinha diz que sempre quis ter muitos filhos, e a convivência com as crianças da Sociedade Viva Cazuza, depois da morte do cantor, a trouxe de volta à vida, como se fosse um renascimento. “Pequenos, grandinhos, pretos, brancos, eram as minhas crianças! Piolho, sarnas, infecções, antirretrovirais, febre, dor de garganta, dor de ouvido. Achava que poderíamos superar tudo”. A casa chegou a ter 34 crianças, a maioria bebês, com um histórico bastante parecido – internações em hospitais públicos decorrentes de infecções provocadas pelo HIV. Hoje, quando Lucinha olha
Peso: | 0,4 kg |
Número de páginas: | 272 |
Ano de edição: | 2011 |
ISBN 10: | 8525028991 |
ISBN 13: | 9788525028990 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 1 |
Assuntos : | Biografias e Memórias |
Assuntos : | Literatura Nacional |
Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência no site e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições. Acesse o nosso Portal de Privacidade para visualizar nossas Política de Privacidade, Política de Cookies e Termo de Compromisso e Uso do Site.
Avaliações