Na manhã de 7 de janeiro de 2015, o jornalista Philippe Lançon participava da reunião de pauta do Charlie Hebdo quando a sede do jornal satírico francês foi alvo de um atentado terrorista que comoveria a França e o mundo. Os protestos pelo assassinato de cartunistas e jornalistas reuniriam milhares nas ruas das grandes capitais e se transformariam em vigília pela liberdade de expressão. Essa é a história conhecida. Até o lançamento de O retalho, no entanto, pouco se sabia como os minutos de duração do ataque reordenaram de vez a trajetória de seus sobreviventes. O livro de Philippe Lançon confere uma nova perspectiva ao episódio. O jornalista teve, entre outros ferimentos, o maxilar destruído pelos tiros e precisou se submeter a inúmeras cirurgias de reconstrução facial. Entre as reminiscências de sua vida pregressa e a narrativa de suas longas internações hospitalares, figura o atentado que partiria Lançon em dois, o de antes e o de depois: "Fechei os olhos pela última vez, para apagar o que havia acontecido, como se aquilo, ao não ser visto, pudesse não ser vivido. Voltei a abri-los, e Bernard continuava ali. Aquele que eu me tornava quis chorar, mas aquele que ainda não estava totalmente morto o impediu." A relação com a família, os amigos, a ex-mulher, a namorada, os médicos e os enfermeiros, e até mesmo com o trabalho — tudo é revolvido pelo que lhe aconteceu. Que não se espere, contudo, uma narrativa de superação ou um protagonista cheio de autopiedade. Não à to
Peso: | 0,58 kg |
Número de páginas: | 464 |
Ano de edição: | 2020 |
ISBN 10: | 6580309776 |
ISBN 13: | 9786580309771 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 3 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Memórias |
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