Marcio de Freitas Giovannetti adiciona ao método psicanalítico a “função de testemunho”. Coerente com o legado de Freud, aberto a atualizações e inspirado por Walter Benjamin e Giorgio Agamben, ressalta o contemporâneo “que mantém fixo o olhar no seu tempo, para nele perceber não as luzes, mas o escuro”. Como testemunha, o psicanalista dá voz ao que ainda não pode “ser legitimado enquanto experiência vivida”. Não se restringe ao recalcado ou ao emergente em situações de falência psíquica; toma em consideração o mundo. Se um de nós se chamasse Raimundo, seria uma rima, não uma solução. O autor compartilha conosco os versos de Carlos Drummond de Andrade, que incidem sobre o horizonte de rimas possíveis. Diante de uma realidade “ainda não assimilável”, a hospitalidade da psicanálise dispõe-se “para alguém que não é esperado nem convidado”, sugere Marcio, aludindo a um ensaio de Jacques Derrida. Acolhe o desconhecido, a transitoriedade, o sonho com a morada que o sujeito procura.
Peso: | 0,24 kg |
Número de páginas: | 176 |
Ano de edição: | 2018 |
ISBN 10: | 8521213360 |
ISBN 13: | 9788521213369 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Psicanálise |
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