Eu digo não ao não. Eu digo. É proibido proibir. É proibido proibir. É proibido proibir – entoava Caetano Veloso em sua música de 1968. Pode parecer estranho que esta música tenha sido lançada no mesmo ano em que foi sancionado o AI-5, decreto emitido pela ditadura civil-militar que restringiu, veementemente, os direitos civis dos cidadãos e a liberdade de imprensa. Em meio a uma censura nos meios de comunicação e a severas restrições políticas, vivia-se, também, um clima de rebeldia. Acompanhando tendências da revolução sexual que vinham de outros países, o Brasil também se liberava. A partir da década de 1960, a liberação sexual rompia antigos tabus acerca da sexualidade. E com isso, novas possibilidades se abriam às mulheres, sobretudo, devido ao uso da pílula anticoncepcional, os novos olhares sobre a virgindade, a inserção no mercado de trabalho e a luta dos movimentos feministas. Essas novas liberdades apareceriam estampadas nos corpos, que estavam mais descobertos e sensuais. As revistas femininas brasileiras desse período, mesmo sob o rigoroso olhar dos censores, acompanhavam as tendências de liberação sexual, e ensinavam suas leitoras em como ser essa nova mulher. Ao despir os corpos para serem essa mulher liberada, novos desafios apareciam, e com eles, novos paradoxos marcavam as relações com seus parceiros e com elas mesmas.
Peso: | 0,32 kg |
Número de páginas: | 260 |
Ano de edição: | 2018 |
ISBN 10: | 8579394589 |
ISBN 13: | 9788579394584 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | História |
Assuntos : | Sexologia |
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