Analisando a crença, bem difundida na Europa durante mais de meio milênio, de que os reis tinham o poder miraculoso de curar através do toque, esta obra clássica inaugurou uma nova maneira de pensar a história. Ao ser lançado, em 1924, Os reis taumaturgos abriu perspectivas novas para a história, sendo uma das primeiras obras do que hoje se conhece como a Escola dos Annales, o movimento historiográfico mais bem-sucedido de nosso século. O autor, Marc Bloch, um jovem professor em Estrasburgo - e que dali a vinte anos seria fuzilado pelos nazistas -, dispunha-se, em suas palavras, a fazer história com matéria até então tida por mera anedota. No caso, algo que se costumava relegar ao elenco das curiosidades ou superstições: a crença, bem difundida na Europa durante mais de meio milênio, de que os reis de França e Inglaterra tinham o poder miraculoso de curar, com seu toque, uma afecção da pele, as escrófulas. Do século XII até o XVIII, mas sobretudo no tempo de Luís XIV - isto é, em pleno século do racionalismo -, essa fé no "milagre do rei" tinha sido determinante na concepção da realeza. Assim, o que Bloch propõe é que, para estudar as monarquias medievais e do Antigo Regime, não bastam os tratados sobre o bom governo, nem as teorias do direito divino e do absolutismo, mas se deve considerar também aquilo que a modernidade desprezou como mera crença ou fábula. O historiador deve valer-se de outras ciências humanas, como a psicologia, para sair do jogo entre os objetos tradici
Peso: | 0,798 kg |
Número de páginas: | 536 |
Ano de edição: | 2018 |
ISBN 10: | 8535930558 |
ISBN 13: | 9788535930559 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 3 |
Edição: | 2 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | História Geral |
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