Por ironia, num livro em que a maior parte dos personagens ou é beata ou é padre todos assombrados de perto por um Deus irado e onisciente, a existência nunca foi tão mundana, tão paradoxalmente avessa à espiritualidade.Trecho do prefácio de Monica Figueiredo Grande marco do Realismo em Portugal, publicado originalmente em 1875, O crime do padre Amaro é a obra mais polêmica de Eça de Queirós. O autor adota um ponto de vista desapaixonado para narrar a história da infeliz Amélia, seduzida pelo inescrupuloso Amaro, que entra para o convento graças à imposição de uma nobre beata. Sem vocação alguma, o padre aceita o seu destino passivamente, mostrando absoluto desinteresse pela profissão que abraça sem entusiasmo, e termina pecando contra a castidade, traindo os votos proferidos na sua ordenação. Amélia, educada em um ambiente fervorosamente católico, acostuma-se a viver em um meio hipócrita. Sua atração pelo padre, pura paixão carnal que a desorienta e destrói, nasce da falta de referências morais e do desconhecimento completo do que seja o amor. Os burgueses, os aristocratas, os políticos, os sacerdotes são os vários componentes de um sistema social decadente e perverso. Os seres humanos não são indivíduos propriamente, mas te
Peso: | 0,31 kg |
Número de páginas: | 496 |
Ano de edição: | 2011 |
ISBN 10: | 8577991903 |
ISBN 13: | 9788577991907 |
Altura: | 18 |
Largura: | 12 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 2 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Romance |
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