Combinando erudição, argumentação inteligente e reflexão metodológica, um dos mais importantes personagens da vida intelectual francesa apresenta, neste clássico da historiografia moderna, uma radiografia do conceito de incredulidade no século XVI, tomando como princípio a análise da vida e da obra do escritor Rabelais. O século XVI tem uma história repleta de eventos influentes e personagens marcantes, dos Grandes Descobrimentos à Reforma Protestante, de Leonardo da Vinci e Michelangelo a Shakespeare. Cada um deles mereceu muitos estudos e gerou várias polêmicas. Mas poucos livros são tão originais como este, pois o historiador Lucien Febvre não examina uma presença naquele momento, e sim uma ausência - a noção de descrença. O ponto de partida para essa análise refinada foi um estudo publicado em 1924 por um especialista na literatura do Renascimento, Abel Lefranc, para quem o escritor François Rabelais teria sido "ateu militante". O caminho que Febvre segue para refutar essa ideia é demonstrar que Rabelais não poderia ter sido ateu pela simples (na verdade complexa) razão de que o século XVI desconhecia o conceito de descrença. Lefranc teria confundido a visão rabelaisiana do cristianismo, crítica em relação às instituições eclesiásticas e à multiplicação supersticiosa dos milagres, com ateísmo. A rigor, Rabelais é um cristão desiludido. Sua proposta é a volta aos preceitos evangélicos, e muita prece. Como nota Febvre, não era fácil para um homem de então, por mais inconfo
Peso: | 0,799 kg |
Número de páginas: | 520 |
Ano de edição: | 2009 |
ISBN 10: | 8535913289 |
ISBN 13: | 9788535913286 |
Altura: | 23 |
Largura: | 16 |
Comprimento: | 3 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | História |
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