O poeta, ensaísta e tradutor José Paulo Paes fez da discrição e do comedimento uma forma de disciplina literária. Em seus ensaios - dos quais os mais representativos estão reunidos neste Armazém literário -, preferiu as questões inesperadas e as indagações iluminadoras ao modo mais afirmativo e professoral dos acadêmicos. A obra ensaística de José Paulo Paes se fez como a sua poesia: com grandeza, mas sem alarde. Os ensaios incluídos em Armazém literário, coletânea organizada pela crítica literária e escritora Vilma Arêas, dão uma boa medida do amplo leque de interesses literários do autor, mas sobretudo da sua maneira original de, na crítica, instigar o leitor a ler ou reler os livros que ele comenta. Mestre da concisão e da objetividade no verso, José Paulo não precisava deixar de ser poeta na hora de se exercitar no ensaio. Os temas mais graves e complexos das obras de autores como Machado de Assis, William Blake ou Simone Weil são elaborados e investigados com fluência e elegância, como numa conversa com o leitor. Desse modo, a prática do ensaísmo foi para José Paulo um modo a mais de atuação como escritor, além da poesia e da tradução. Freqüentemente ele se serviu do gênero como meio de refletir sobre o ofício de poeta e sua própria "linhagem" na poesia brasileira. Neste último caso estão os textos em que revisita as obras de modernistas como Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Murilo Mendes, por exemplo. Mais teórico, o ensaio "Para uma pedagogia da metáfora" expõe s
Peso: | 0,464 kg |
Número de páginas: | 376 |
Ano de edição: | 2008 |
ISBN 10: | 8535913394 |
ISBN 13: | 9788535913392 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 2 |
Edição: | 1 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Literatura Nacional |
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