Publicado pela primeira vez em 1928, no auge da campanha renovadora, iniciada pela Semana de Arte Moderna, com ilustrações de Di Cavalcanti, Martim Cererê representa o ponto alto da vertente nacionalista e ufanista do verde-amarelismo. Constituído de poemas de formas e ritmo variados, como um livro de figuras, aproxima-se da técnica do desenho animado ou da história em quadrinhos, tendo um texto mítico e lírico de caráter épico e narrativo.O enredo desenvolve a lenda do surgimento da noite e do desenvol-vimento do Brasil. O índio Aimberê e o marinheiro branco Martim apaixo-nam-se pela Uiara, que se propõe a se casar com aquele que lhe trouxes-se a noite. Martim vai a África e traz a noite que são os negros escravos. Da união, surgem os bandeirantes, que desbravam os sertões, plantam o mar verde dos cafezais e constroem as fábricas e arranha-céus da metró-pole paulistana. O poema retrata a formação do Brasil. Segundo Cassiano Ricardo, a influência do momento, o indianismo do grupo literário Anta, ao qual pertencia, em 1926, e que pugnava pelo estudo da cultura dos índios como base de autenticidade americana expli-ca o nascimento de Martim Cererê. Escrevi um poema não apenas indí-gena mas racial, baseado no mito tupi, que, afinal, hoje lhe serve de ar-gumento.Modificado e acrescido de novos trechos, de edição para edição, veio a tornar-se um poema, pelo menos no que concerne a argumento e sucessão de composições até certo ponto ligadas entre si. A quinta edi-ção foi inclu
Peso: | 0,305 kg |
Número de páginas: | 256 |
Ano de edição: | 2003 |
ISBN 10: | 8503008017 |
ISBN 13: | 9788503008013 |
Altura: | 21 |
Largura: | 14 |
Comprimento: | 1 |
Edição: | 28 |
Idioma : | Português |
Tipo de produto : | Livro |
Assuntos : | Poesia e Poemas |
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